quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

OS CONCÍLIOS E OS SANTOS PADRES SOBRE O SACRAMENTO DA PENITÊNCIA

LEITURA ESPIRITUAL MEDITADA

Os Concílios: o de Laodiceia em 366, o de Rênes em 639, o de Chalon em 644, o de Nantes em 656, o de Constantinopla em 692, o de Germânia em 735, o de Tours em 813, o de Paris em 820, o de Pavia em 850, etc., proclamavam a instituição divina e a necessidade da confissão muitos séculos antes do 4º Concílio de Latrão.

O Concílio de Germânia, reunido em 735, ordena que cada coronel tivesse à sua disposição um padre para ouvir a confissão dos seus soldados.

A história conserva os nomes de muitos confessores. Eis aqui alguns; no século sétimo, Santo Ausberg, Arcebispo de Ruão, confessor do rei Tierry I; São Wieron, Bispo de Ruremonde, confessor de Pepino, pai de Carlos Martello. No século oitavo, Carlos Magno se confessava a Hildebrando, Arcebispo de Colônia, e seu filho Luiz le Debonnaire a Santo Alderico, Bispo de Mans. No 10º século, o imperador Othon tinha por confessor Ulrico, Bispo de Augsburg. No 11º século, o Padre Estêvão, da diocese de Orleans, dirigia a consciência da rainha Constança, mulher do piedoso rei Roberto.


Depois deste pequeno parêntese sobre os confessores de algumas altas personalidades, passemos finalmente a falar sobre os Santos Padres da Igreja. Aliás, vamos ouvir apenas alguns, porque, na verdade constituem uma multidão esmagadora para os nossos adversários. S. Bernardo (séc. XII) dizia: "De que serve confessar parte de seus pecados e calar outra? Não são todos eles conhecidos de Deus? Ousais, pois, ocultar alguma coisa àquele que ocupa o lugar de Deus em um tão grande sacramento?"  Santo Anselmo, (séc. XI), dizia: "Descobri fielmente aos padres, por uma humilde confissão, toda as manchas da lepra que tendes dentro de vós, e sereis purificados". São João Clímaco (séc. VI), escrevia: "Nunca se ouviu dizer que os pecados declarados no sacramento da penitência fossem divulgados. Deus assim determinou para que os pecadores não se afastassem por isso da confissão, ficando privados da única esperança de salvação que lhes resta". No séc. V. S. Leão, numa carta dirigida aos bispos de Campanha, protesta energicamente contra o abuso da confissão pública: "basta descobrir aos padres, por uma confissão secreta, os pecados de que se acha carregada a consciência". Santo Agostinho, falecido em 430, dizia: "Não basta confessar a Deus, é preciso confessar-se àqueles que receberam d'Ele o poder de ligar e desligar". S. João Crisóstomo (+ 407) falava da confissão nos mesmos termos em que os Padres falam em nossos dias: "O padre coloca seu trono no céu, e é de lá que exerce seu julgamento. Quem disse isso? o próprio Rei do Céu:  -  tudo que ligardes na terra será ligado no céu. Que há comparável a esta honra? O céu empresta à terra as suas decisões. O Juiz acha-se aqui em baixo, e o Senhor obedece ao seu ministro e ratifica o julgamento que este faz." E fazendo alusão aos Sacerdotes da Antiga Lei, que não faziam senão certificar a cura dos leprosos, sem os curar, o mesmo santo dizia: "Não é a lepra do corpo, é a da alma que os padres da Nova Lei curam. Não é o direito de julgar da cura que eles exercem, mas o de curar". 

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