domingo, 27 de setembro de 2015

A SALVAÇÃO PELA FÉ - ( VII )

CAPÍTULO PRIMEIRO
DESMANTELO E DESEQUILÍBRIO DA TEORIA PROTESTANTE

(CONTINUAÇÃO E TÉRMINO DO CAPÍTULO PRIMEIRO)

   10. A BÍBLIA MAL COMPREENDIDA.

   Será possível que o Evangelho nos ensine esta doutrina tão ilógica de que as boas obras, o nosso modo de proceder não influem na salvação da nossa alma?
   É claro que não.
   Se os protestantes vivem a ensinar isto e julgam ver nas páginas da Sagrada Escritura uma doutrina tão estranha, é porque eles NÃO ENTENDEM certas passagens da Bíblia. Esta é que é a verdade.
   E não fiquem de cara amuada os protestantes, não se mostrem ofendidos conosco, pelo fato de dizermos que eles não entendem certos versículos da Bíblia. A Bíblia tem de fato muitas COISAS DIFÍCEIS DE ENTENDER, e é ela própria quem o diz, falando a respeito das epístolas de São Paulo, as quais ADULTERAM os indoutos e inconstantes, como TAMBÉM AS OUTRAS ESCRITURAS, para ruína de si mesmos (1ª Pedro III-16).
   E verá o leitor que é justamente nas epístolas de São Paulo, com especialidade, que os protestantes se atrapalham e se confundem, querendo ver aí uma teoria sobre a salvação que o próprio Paulo nunca ensinou. 
   Não há nenhuma desonra em não entender a Bíblia, que tem como Autor a Deus, cuja inteligência é infinita. Desonra e crime há, sim, em não entendê-la e ao mesmo tempo meter-se a doutrinador desastrado, apresentando uns textos e desprezando outros, blasfemando daquilo que ignora e incutindo no povo uma doutrina que não passa de uma caricatura da legítima doutrina do Evangelho. 
   Deus nos podia ter deixado uma Bíblia sempre clara e fácil de entender. Por que quis que ela fosse tão obscura e tão difícil em certos pontos? Foi para que ninguém se arvorasse em forjador de doutrinas, quando Deus deixou também aqui na terra a sua Igreja encarregada de ensinar a doutrina da verdade.
   É natural, portanto, que procuremos, primeiro que tudo, conhecer, em suas linhas gerais, a doutrina da Igreja sobre a salvação.
   Depois veremos como foi que surgiu no século XVI a teoria da salvação pela fé sem as obras. E será interessante ver como foi um homem que procurou arrancar do Evangelho uma doutrina muito CÔMODA, de acordo com os seus interesses pessoais; e depois muitos outros ficaram viciados nesta história de salvação baratíssima.
   Finalmente analisaremos os textos apresentados pelos protestantes, com os quais pretendem provar a sua tese da salvação pela fé sem as obras e veremos como todos eles se baseiam numa interpretação errônea, seja porque não tomam a FÉ no mesmo sentido em que a tomam as Escrituras, seja porque não percebem o verdadeiro mecanismo da salvação, no qual a graça de Deus exerce um papel muito importante, sem excluir, no entanto, a necessária cooperação humana. 

2 comentários:

  1. Padre é correto dizer que a Fé produz boas obras e se não produzir é porque não tem a verdadeira Fé? Os protestantes e muitos seguidores da Renovação Carismática afirmara que a fé produz boas obras e que todo aquele qye crer faz o bem. Mas como entender a afirmação de Jesus ao declarar que muitos o chamavam senhor (assim intelectualmente reconheciam autoridade nele) mas não obedeciam.) Esta convicção não seria fé? então a fé seria apenas confiar em Jesus?

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  2. Os protestantes se comportariam, antes de mais nada, como soberbos e orgulhosos, por quererem cada um dar a interpretação que julga ser correta para as S Escrituras, daí surgindo não sei quantas mil seitas dissensas entre si, balaio-de-gato doutrinário!
    Quando se dá um aperto neles, onde agente trabalha e sentem acuados, retraem e não querem mais papo sobre religião e parecem meio inimigos a partir daí, como alguém que foi ofendido na "fezinha" pessoal!
    Todas as seitas são igrejas de conveniências pessoais, atendendo a cada tipo de grupos e interesses!
    Humildade nunca foi o ponto forte de Lutero; logo os "fiotes" são os que seriam humildes?

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