quinta-feira, 2 de julho de 2015

SANTA IGREJA CATÓLICA POBRE

   Vi no blog "FRATRES IN UNUM" a foto do Santo Padre empunhando a cruz pontifical, mas esta emendada com esparadrapo. Confesso com sinceridade que não achei bonito! Muito pelo contrário. 

   Depois, refletindo mais atenta e profundamente, cheguei à conclusão que o Santo Padre, o Papa desde o início de seu Pontificado, demonstrou que queria uma igreja pobre. A boca fala da abundância do coração. Se não me engano, foi uma das primeiras coisas que falou após eleito Supremo Pastor da Santa Madre Igreja. Assim interpreto aquele amarrado de esparadrapo como espírito de pobreza. 

  Dizem que os jesuítas são muito práticos. No caso vigente acho,  embora não jesuíta, (mas sempre conservei a vocação de seguir Santo Inácio de Loyola e não Pierre Teilhard de Chardin),  acho, torno a dizer, que não foi uma saída muito pobre assim e menos prática ainda. Três pontos de solda ficaria um labor menor, mais barato, menos feio e talvez até mais ecológico. Melhor ainda seria empregar durepox. Por pobreza poder-se-ia pedir a alguém que tivesse em casa. Quanto ao remate, usar-se-ia um pedacinho de lixa fina e depois pedir-se-ia à conselheira do Papa, Francesca Immacolata Chaouqui,  um esmalte cintilante da cor mais adaptável ao caso. 

  Atravessou-me na mente uma outra pergunta: Que espírito de pobreza este que não  evitou quebrar a cruz pontifical, que, caso não seja uma réplica, é acima de tudo de um valor de uma ordem superior, em se tratando de uma relíquia, usada que foi por um santo!

  Ontem já falei um pouco sobre o simbolismo da emenda feita com esparadrapo. Permitam-se os caríssimos leitores, deter-me um pouco mais sobre este detalhe. 

   Um dia, vi um homem andando expeditamente pela rua, mas, embora eu correndo de carro, pude ver que tinha a perna enfaixada com um montão de esparadrapo. Encontrei-o mais tarde na igreja. Pediu-me uma esmola, porque tinha uma ferida incurável na perna. Óbvio, não se pode fazer mau juízo. E  disto nem mister se fez. Realmente eu não tinha dinheiro. Ó bendita pobreza!.Mas bondosamente disse ao mendigo: meu amigo, olha para mim! Não tenho dinheiro, mas o que tenho te darei: Em nome de Nosso Senhor Jesus Cristo, darei uma bênção. Prá isso, o senhor, faz o favor de retirar o esparadrapo. Mas o homem disse que não podia fazê-lo. Não dei a bênção e nem a esmola; não a bênção, porque vi que o homem não tinha fé; não a esmola porque talvez ele tivesse mais dinheiro do que eu que não tinha nenhum. E ele saiu mansamente mancando. e eu saí tranquilamente sem pecar.  

   Sirva este fato como parábola. O esparadrapo, como é sabido mundialmente, é usado para curativos. É portanto um indicativo de ferida, cirurgia, e consequentemente, de doença. Não fui eu quem falou. Falaram na Internet que aquela cruz pontifical  remendada com esparadrapo era um símbolo. Lembrando-me do próximo Sínodo dos Bispos, fiz algumas aplicações ao mesmo. Jesus Cristo é a verdade. Por isso esta nunca se quebra, é indestrutível. O vínculo do sacramento do Matrimônio é indissolúvel, isto é, nunca pode ser quebrado. É de todos sabido, pois, publicado por toda mídia, que já no discurso de abertura do Sínodo passado, que foi uma preparação para o próximo em outubro deste ano, o Cardeal Kasper por ordem do Papa, fez um discurso de abertura. e ali, já deixou algumas dicas ou sugestões para, diríamos hoje, emendar com esparadrapo a verdade da indissolubilidade do matrimônio católico. Para este progressista dos quatro costados, o vínculo matrimonial poderia ser quebrado, mas na prática, diante do povo, seria com que disfarçado como um falso mendigo procuraria esconder uma quebradura ou ferida inexistentes.

  Moisés santamente irado contra o povo que adorava o bezerro de ouro, quebrou as tábuas de pedra onde Deus mesmo gravara os Seus mandamentos. Moisés não as emendou com esparadrapo, mas Deus gravou o Decálogo em novas tábuas de pedra.

   É um absurdo inominável bispos da Santa Madre Igreja, depois de quebrar a cruz de Nosso Senhor Jesus Cruz, pretenderem emendá-lo com esparadrapo, ou seja, empregar ambiguidades para disfarçar a verdade que realmente não pode ser quebrada. É uma doença, de todas a pior, pois é o pecado da apostasia prática. Como se quebra  os mandamentos de Deus, e depois procura-se disfarçar o atentado como o esparadrapo da mentira?!

  Outro detalhe: Deus quis que tudo que fosse empregado no seu serviço, fosse o mais precioso possível e até os símbolos deviam ser sem defeito. Por exemplo: lemos no livro do Êxodo XII, 5, que o Cordeiro Pascal devia ser sem defeito, macho (não há neutro nem entre os bichos) e de um ano. No versículo 46 Deus ordena que não quebrem nenhum osso do cordeio pascal. Então não fica bem o Supremo Pastor usar o seu símbolo com defeito, e pior ainda, quebrado e com uma emenda com esparadrapo. Só serviu mesmo como símbolo de que há muitos eclesiásticos na Igreja que estão com sua fé quebrada e emendada diante do povo com a atadura de esparadrapo da mentira e da ambiguidade.

 Peço desculpas aos caríssimos leitores por um artigo tão pouco teológico e um tanto jocoso. Como todos sabem, não costumo usar estilo de tal jaez.  Mas pensei também no provérbio latino: "Castigat ridendo mores". Certos bispos têm falado e feito tantos e tamanhos absurdos que a gente se vê como que forçado a usar até mesmo a "vis comica". 

Um comentário:

  1. Muito interessante, mordaz, mas representa a realidade, sendo a tônica atual dos conservadores sentirem-se boquiabertos, céticos - mas não se deve sentir perdido - após nosso saudoso emérito santo, muito inteligente, ortodoxo, clarividente e cultíssimo sobre as S Escrituras Bento XVI ter deixado(?) o papado!
    Esse artigo soou-me como recordação da farisaica "Opção preferencial pelos pobres" adotada pelo PT, TL e com as bênçãos da direção da CNBB, a qual a meu ver, seria cúmplice de tudo que o PT faz com o povo brasileiro; também, por não o prevenir da peste que é a ideologia marxista para a alma, o pior, e para as finanças da nação!
    Referente ao post, dá para meditar no abaixo, de N Senhora do Bom Sucesso:
    “Tempos funestos sobrevirão, nos quais, cegando na própria claridade, aqueles que queriam defender em justiça os direitos da Igreja, sem temor servil nem respeito humano, darão a mão aos inimigos da Igreja, para fazer o que estes quiserem".
    Mas ai do erro do sábio — o que governa a Igreja —, do Pastor do redil que meu Filho Santíssimo confiou a seus cuidados. Mas quando aparecerem triunfantes e quando a autoridade abusar de seu poder, cometendo injustiças e oprimindo os débeis, próxima está sua ruína. Cairão por terra estatelados
    "Nesses tempos lastimáveis, haverá uma luxúria desencadeada que arrastará as pessoas ao pecado e conquistará inumeráveis almas frívolas que serão perdidas. Quase não se achará mais inocência entre as crianças, nem modéstia entre as mulheres. Nesse supremo momento de necessidade da Igreja, aqueles que deveriam falar ficarão em silêncio"!
    .N Senhora de La Salette:
    “No ano de 1864, Lúcifer, juntamente com um grande número de demônios, será solto do inferno. Eles vão pôr fim à fé pouco a pouco, mesmo naqueles que se dedicam a Deus. Eles irão cegá-los de tal maneira que, a menos que recebam uma graça especial, essas pessoas irão assumir o espírito desses anjos do inferno; várias instituições religiosas perderão toda a fé e perderão muitas almas".
    Dentre outras, mais contundentes aos omissos e/ou silentes sacerdotes que aos leigos - esses são vítimas de incúria daqueles - e os modernistas de todas as espécies, após a saída do Papa Bento XVI estão ultra assanhados, inclusive na Band a partir de 2ª, 06/07 falará sobre as mudanças na "igreja de Francisco", mais se parecendo desvinculada da Igreja-Jesus Cristo de Cl 1,18, Cl 1,24 etc.

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