83. A EUCARISTIA E A VIDA ETERNA.
Vamos a um terceiro exemplo.
Cristo prometeu a vida eterna àqueles que participassem da sagrada Eucaristia: O que come a minha carne e bebe o meu sangue TEM A VIDA ETERNA; E EU O RESSUSCITAREI NO ÚLTIMO DIA (João VI-55). O que come deste pão VIVERÁ ETERNAMENTE (João VI-59).
Eis aí a PROMESSA. Pode parecer à primeira vista, que para entrar no vida eterna, não se precisa de outra coisa a não ser participar uma só vez da mesa eucarística.
Mas São Paulo já se encarrega de nos ensinar uma das condições exigidas para isto; condição, na qual Cristo não havia falado (porque a Bíblia não nos ensina tudo de uma vez). É preciso que seja recebida a Eucaristia com a consciência limpa, purificada dos pecados: Examine-se, pois, a si mesmo o homem e assim coma deste pão e beba deste cálice, porque todo aquele que o come e bebe indignamente, come e bebe para si a condenação, não discernindo o corpo do Senhor (1ª Coríntios XI-28 e 29).
Mas será que pelo simples fato de ter recebido uma vez condignamente o corpo do Senhor, fica o homem com a salvação assegurada para sempre? Não há dúvida que a comunhão lhe traz uma íntima união com Cristo: O que come a minha carne e bebe o meu sangue, esse FICA EM MIM E EU NELE (João VI-57) Da sua parte, Cristo entra com a sua graça, com a sua presença inefável na alma, robustecendo-a, dando-lhe o auxílio necessário para que se vença a si mesma nas tentações e alcance a vida eterna. Mas o homem é livre e não se tornou impecável com a comunhão, tem que corresponder às graças divinas e fazer da sua parte o esforço para permanecer com Cristo em sua alma, e é a isto que Cristo o exorta: O QUE PERMANECE EM MIM E O EM QUE EU PERMANEÇO, esse dá muito fruto; porque vós sem mim não podeis fazer nada. Se alguém NÃO PERMANECER EM MIM será lançado fora como a vara, e secará e enfeixá-lo-ão e lançá-lo-ão no fogo e ali arderá (João XV-5 e 6).
Eis aí, portanto, mais outra condição para que a comunhão nos garanta a vida eterna: é preciso permanecer em Cristo pela fuga ao pecado, e isto fica a depender de nós, pois Cristo já nos dá, pela comunhão, um valioso aumento de graça para mantermos a nossa fidelidade. A obrigação de permanecer com Ele supõe, pelo menos, que tenhamos sempre o cuidado de com Ele nos reconciliarmos e de O recebermos novamente, se tivermos a desgraça de afastá-Lo pelo pecado mortal.
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